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Presidente do Fortaleza vem a público e solta sua decisão sobre a Lei do mandante

Em uma entrevista para o jornal O POVO, o presidente Marcelo Paz falou sobre a posição do Fortaleza com relação a Lei do Mandante, a MP984, para que se torne lei. No entanto, o mandatário tricolor explicou porque o clube defende.

“Eu sou defensor de que os clubes devem ser mais protagonistas do futebol. As pessoas vão para o estádio, compram camisas, se tornam sócios-torcedores, transmitem isso de pai para filho por causa do clube. Daqui a 20 anos, as pessoas (jogadores, técnicos, dirigentes) serão diferentes. Os clubes têm que ser protagonistas, ter mais poder de decisão. Essa lei dá esse poder. O clube da Série B que sobe para a Série A, no atual modelo, só pode vender os direitos para um grupo específico. Não tem escolha, liberdade, tem que aceitar o pacote oferecido ou ficar com zero”, diz.

Logo depois completou: “Não pode vender para ninguém. Com a Lei do Mandante, o clube tem o direito dele, com seus 19 jogos. Tem um ativo que vale mais. Os clubes podem mais e defendo porque são eles que fazem a magia do futebol. A gente sabe que a estrutura de mudança é muito lenta, fica por muito tempo do mesmo jeito. Não podemos deixar passar essa oportunidade. Inclusive, desta forma, nos alinhamos ao modelo que funciona em diversas ligas do mundo (Inglaterra, Itália, Alemanha). O Brasil está atrasado”, completou.

Por fim, com a Lei do Mandante poderá haver mais equilíbrio financeiro entre os clubes: “Sim. Nos países em que esse modelo vigora há um equilíbrio muito maior de distribuição (do dinheiro arrecadado com venda de direitos de transmissão) do primeiro para o último que recebe. É uma distância bem menor do que acontece no Brasil. Desta forma, (todo clube) passa a ter o mesmo poder na quantidade de jogos. Tenho no mínimo 19 jogos como mandante. E se cada clube se associar com mais clubes, que é a medida mais inteligente, cria uma força maior. Inteligente é todos os clubes se juntarem e venderem (os direitos de transmissão) por um valor maior com divisão financeira mais justa”, completou.